Abaixo você pode ver nossa calculadora online de inclinação de rampa, nosso cálculo é feito respeitando as normas estipuladas, para você entender melhor como funciona o cálculo, leia o artigo completo e veja o vídeo que nós publicaremos.
As rampas são indispensáveis para a acessibilidade de milhões de pessoas com algum tipo de deficiência locomotora em todo o mundo. Contudo, ainda é comum que diversas construções sejam feitas sem o correto dimensionamento destes acessos. Muitas vezes, até por questões de estética, as rampas têm seu cálculo de inclinação ignorado.
Para que uma edificação possa ser acessada por todos, é ideal que tanto seus degraus, quanto suas rampas estejam dentro dos padrões normativos, os quais são feitos com o propósito de universalizar a acessibilidade em todas as edificações.
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Por quê deve ser feito o correto dimensionamento das rampas?
Algumas construções não preveem a disponibilização de rampas de acesso para cadeirantes, o que torna quase impossível a circulação destas pessoas em tais edificações.
Atualmente, existem leis que atuam sobre o licenciamento de um novo imóvel. Elas colocam como pré-requisito a presença de rampas de acesso para pessoas com deficiência locomotora. Obviamente que tais leis não se aplicam às residências individuais, apenas às edificações empresariais ou condomínios.
É imprescindível que as rampas sejam feitas sob um estrito padrão de inclinação, uma vez que se forem inclinadas demais, pode ser que o cadeirante tenha dificuldades em acessá-la por conta própria, pois tal tarefa exigiria uma força muito grande. Na prática, se o cadeirante não conseguir subir a rampa por conta própria, ela é inviável, pois sua acessibilidade dependerá de um terceiro.
Como fazer o cálculo da inclinação das rampas?
O cálculo de inclinação de uma rampa é definido pela seguinte fórmula:
i = h x 100
c
- sendo:
- i = inclinação
- h = desnível entre pontos
- c = comprimento entre pontos
Imagine que alguém descida calcular a inclinação da rampa abaixo:
A distância entre os pontos observados é de 1m, ou 100cm, já o desnível observado para estes mesmos pontos é de 15cm. Logo, quando aplicamos a fórmula temos: i = (h x 100) / c à i = 15 x 100 / 100 = 15%.
O resultado indica que a cada metro percorrido, o pedestre terá elevado sua posição em 15%, o que é considerada uma inclinação muito alta, bem acima do recomendado pela norma técnica que rege este tema.
A fórmula é bastante simples e pode ser aplicada em todos os tipos de rampas, contudo, caso a inclinação varie ao longo da estrutura, será necessário medir ponto a ponto. O resultado final não será dado pela média das inclinações observadas, mas sim por cada observação individual. Para que uma rampa esteja nos padrões, nenhum de seus trechos pode ultrapassar o limite normativo.
Qual norma determina a inclinação das rampas?
A inclinação das rampas é indicada pela norma NBR 9050. A norma trata dos padrões de acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Há diversas informações úteis a serem extraídas do texto, mas a principal é a regulamentação dos padrões de construção e inclinação de rampas de acesso de pedestres e cadeirantes. O texto determina a inclinação para cada segmento de rampa e o número máximo de segmentos que uma mesma rampa pode apresentar.
É ideal que os arquitetos tenham um bom conhecimento desta norma, para poderem executar seus projetos dentro dos padrões, porém priorizando a estética e a usabilidade da construção.
Qual o limite para o dimensionamento das rampas?
A norma NBR 9050 determina que as rampas devem ter inclinação máxima de 8%, contudo, pode haver algumas variações de acordo com o comprimento e o número de segmentos da estrutura, veja a tabela abaixo que explicar melhor as regras normativas:
Inclinação admissível em cada segmento de rampa
I % |
Desníveis máximos de cada segmento de rampa
h m |
Número máximo de segmentos de rampa |
5,00 (1:20) | 1,50 | Sem limite |
5,00 (1,20) < i ≤ 6,25 (1:16) | 1,00 | Sem limite |
6,25 (1:16) < i ≤ 8,33 (1:12) | 0,,80 | 5 |
Os dados listados na tabela acima se referem às rampas novas, construídas para novos projetos e edificações. Contudo, caso esteja sendo feita uma reforma, em que as dimensões da edificação atual não permitam a finalização da rampa dentro do padrão desejado, existe uma tabela alternativa sugerida pela norma, para que seja feita a padronização de acessibilidade.
Inclinação admissível em cada segmento de rampa
I % |
Desníveis máximos de cada segmento de rampa
H m |
Número máximo de segmentos de rampa |
8,33(1:12) < i ≤ 10,00 (1:10) | 0,20 | 4 |
10,00(1:10) < i ≤ 12,50 (1:8) | 0,075 | 1 |
Os dados listados acima referem-se às rampas que precisam sofrer algum tipo de adaptação ou aos imóveis que não possuem rampas de acesso, mas que precisam instalar uma delas em decorrência de reformas ou adaptações.
Quais as consequências de se fazer rampas sem o correto cálculo de inclinação?
O principal problema encontrado nos imóveis que possuem rampas sem o correto cálculo de inclinação é a dificuldade de acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Rampas inclinadas demais exigem um esforço muito grande por parte do usuário e muitas vezes inviabilizam seu acesso, caso não haja alguém para ajudar empurrando a cadeira de rodas.
O segundo problema que estes imóveis encontram diz respeito à aprovação do projeto por parte dos órgãos de fiscalização e licenciamento. Se o cálculo de inclinação não estiver dentro dos padrões normativos, certamente haverá alguma solicitação de alteração e rejeição do registro da obra até que o problema seja solucionado.
Agora, quando a obra é finalizada e ainda assim a rampa foi, de alguma forma, construída fora dos padrões da norma, pode ser que haja notificações e até multas por parte dos órgãos de fiscalização e que monitoram o padrão das edificações nos municípios.
Conclusão
O cálculo de inclinação das rampas é muito simples de ser feito, com uma trena e um medido de nível, qualquer pessoa consegue obter o indicador. Sua dificuldade não está na medição ou obtenção matemática, mas sim na adaptação do projeto às necessidades normativas, uma vez que recursos como espaço e orçamento são limitados.
Além do mais, há o desafio de se criar rampas dentro dos padrões técnicos, mas que não afetem esteticamente o projeto.